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Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações

Sérgio Godinho e as 40 Ilustrações
desenho de Henrique Cayatte

 

40 das principais canções de Sérgio Godinho, escolhidas pelo próprio e iluminadas por outros tantos ilustradores: de José Brandão a Henrique Cayatte, de Sara Maia a João Maio Pinto, de Cristina Valadas a Jorge Colombo, de Pedro Proença a Teresa Lima, de João Fazenda a André Carrilho, enfim muitas gerações e quase todos os estilos.
Sérgio Godinho, no prefácio:
«Ilustrada a música destas quarenta maneiras, percebo agora melhor o que dizem as palavras. A música pura diz tudo sem mostrar nada, e só depois as frases da palavra lhe dão percursos, caras e intenções. Uma canção pronta é indiciada apenas como versão primeira de uma que se irá seguir. Por isso gosto tanto da ideia de versão, onde de repente fica provada a profunda essência plástica de uma melodia e de um verso. É, no limite, uma história sem fim, que se desdobra e se desfia, como o infinito sempre à mão. No caso, a música semeou-se em manchas e riscos, e eu fui descobrindo, atónito, as novas caríssimas versões das minhas inesperadas canções. Sinto-me brindado, e orgulhoso por ser o veículo em que se mostra o ardor criativo da ilustração portuguesa. Em plurais viagens, quarenta porque não há lugar para mais.»
João Paulo Cotrim, no prefácio:
«As boas canções são pedras atiradas à superfície dos nossos dias: perturbam a falsa tranquilidade do reflexo espelhado de céu, mergulham até tocarem os nervos de coral por onde nadam os nossos desejos e os medos de muitas cores, inauguram assim o tsunami que nos fará tremer muitos anos depois. As boas canções são intemporais, mesmo acabadas de gravar têm a maturidade de séculos e falam-nos ao ouvido do único tempo que importa: o presente. Quarenta anos ou mais se podem encontrar em cada canção de Sérgio Godinho, os minutos todos enrolados num novelo, que ora fica na garganta ora nos desce aos punhos, pedras que desatam a série de ondas concêntricas da memória que ainda agora está por nascer. Neste projecto melómano, a data fez-se apenas pretexto, ajudou a encontrar o número exacto de olhares a convocar. Os ilustradores também caminham sobre fina camada de gelo, em busca de lugar seguro onde pôr o pé de modo a seguir em frente, vendo para além do nevoeiro, ou seja, iluminando. No íntimo destas letras, e para além das ideias, sobra um caleidoscópio de imagens: um pequeno movimento, suscita outro olhar, e logo nova imagem.
(textos de apresentação da exposição que esteve patente até 29 de Abril de 2012).

O Pequeno Deus Cego – Exposição

O Pequeno Deus Cego

«É a voz vermelha da morte que vai uivar esta noite.»
A vida da pequena Sem-Olhos torna-se uma tragédia quando a mãe determina que ela seja iniciada num sangrento rito tradicional, mas ainda mais doloroso é o grande segredo da família, oculto no passado, que duas personagens misteriosas irão desmascarar. Será que Sem-Olhos é apenas uma criança ou poderá ser um pequeno deus sobre a terra?
Escrita por David Soares (Batalha, O Evangelho do Enforcado, A Conspiração dos Antepassados) e desenhada por Pedro Serpa (Histórias em Busca de Uma Alternativa), O Pequeno Deus Cego é uma história alegórica, de contornos herméticos, passada numa fabulada China ancestral. Filosófica e visceral, em simultâneo, é uma banda desenhada que irá resgatar o leitor das trevas para a luz.
(texto de apresentação da exposição que esteva patente até 26 de Fevereiro de 2012).

Voyager, uma viagem visual – Exposição de Banda Desenhada

Voyager

“Voyager” é um projecto de ficção científica que se iniciou em 2008, com a publicação online de 13 contos de uma página. Estes descrevem as aventuras de um viajante pelo multiverso, passando por locais tão diversos como Amsterdão ou a sexta lua de Bellahn-Dor.

A estória online do “Voyager” expandiu-se ainda ao Twitter onde, ao longo de 2 anos, foi possível acompanhar “em tempo real” as suas aventuras. As crónicas do Voyager foram das primeiras em língua portuguesa a serem publicadas nesta rede social.

O álbum agora editado é uma edição de autor, que reúne os 13 contos online, uma estória inédita de 36 páginas, e é complementado no final com vários extras que descrevem o processo criativo.

“Voyager” é a segunda publicação do colectivo R’Lyeh Dreams, que em 2008 publicou os “Murmúrios das Profundezas”, um fanzine premiado com o troféu Central Comics em 2009. Este álbum reuniu um conjunto de contos de terror, inspirados no universo criado por H.P. Lovecraft.

A R’Lyeh Dreams é um grupo criativo, nascido num fórum de BD, e que reúne vários autores nacionais, espalhados de norte a sul do país, e no estrangeiro. A distância faz que com alguns autores nem se conheçam pessoalmente, trabalhando à distância e comunicando exclusivamente via internet.

 

(texto de apresentação da exposição que esteve patente até 7 de Agosto de 2011).