Biografia
Barreiro, 1975
Pedro Brito aproximou-se da BD pela facilidade de trabalho que viu nesta linguagem por oposição a outras que também o apaixonavam como o cinema de animação, mas que careciam de outros meios. O cruzamento com Marcos Farrajota, João Fazenda e Rui Brito (com quem, em conjunto com Jorge Deodato, viria a formar a editora Polvo) foi fundamental para o seu entrosamento com a BD nacional.
Começou cedo a publicar em fanzines (Café no Park, Mesinha de Cabeceira, Boletim do CPBD) e a desenvolver os seus próprios projectos (Mistic Juice e Oco Porco) ainda nesse âmbito.
Mas a partir de 1998 encontra parceiros que lhe editam as suas BD’s de uma forma mais consistente.
Só Ouves Aquilo que te Interessa inaugura a colecção LX Comics que a Bedeteca de Lisboa dedica a novos autores e é também um dos 3 autores divulgados na exposição itinerante que a mesma Bedeteca dedica à nova BD nacional, a “Colectiva CCC3 «Pranchas Necessariamente Incolores» produzida com a Chili com Carne de Marcos Farrajota.
Sucedem-se a um bom ritmo, Pano Cru (três fascículos na Polvo e depois a edição integral), O Baeta (na ASIBDP, colecção Quadradinho), Nem Carne, nem Peixe (Polvo) e uma fulgurante obra como argumentista (novamente na Polvo): Tu és a Mulher da Minha Vida, Ela a Mulher dos meus Sonhos (com desenhos do seu grande amigo João Fazenda) e que fecha com chave de ouro a sua carreira no século XX. O livro foi considerado “Livro do ano 2000 em BD” pelo Diário de Notícias e o “Melhor Álbum Português” no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora de 2001. Foi ainda publicado em França, Polónia e Brasil.
Depois ainda publica Beraca (Polvo, com argumento de Sandra Amaro) e recupera uma BD humorística do início dos anos 90: Franco, o Trolha (Polvo).
Entretanto licenciou-se em Design de Comunicação pelo IADE e encontrou-se com o outro amor da sua vida: o cinema de animação. Nesta área trabalhou quase sempre com a produtora Animamostra, onde participou na popular Os Patinhos, mas também na realização de O Paciente (2003), Sem Respirar (2004); Sem Dúvida, Amanhã (2006), Fado do Homem Crescido (2010) com argumento de João Paulo Cotrim, e Assim, mas sem ser Assim (2019) entre outros.
Volta ocasionalmente à BD, na colectânea Venham mais Cinco #6 de 2009, no Como se faz uma Cidade (Câmara Municipal de Portimão, 2009) ou, em 2011, para fazer o livro dedicado aos UHF na colecção da Tugaland dedicados às melhores bandas do Pop Rock Português.
Colabora ainda com várias editoras e publicações e ilustrou o livro A Casa Sincronizada, de Inês Pupo e Gonçalo Pratas, vencedor do Prémio SPA/RTP 2012 na categoria de Melhor Livro Infantojuvenil ou De mim para Ti, Pequena História do Correio em Portugal (com texto de Patrícia Reis) em 2022.
Cruzamentos
Festival de BD da Amadora
João Fazenda
Jorge Deodato
Marcos Farrajota
Mesinha de Cabeceira
Rui Brito
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