Etiqueta: Manel Cruz

Juke Box: Jazz e Banda Desenhada

john-zorn-naked-city
ilustração de Rui Duarte

 

O conceito foi simples e facilitado pelo amor conhecido de muitos desenhadores pelo Jazz: pedimos a cada um deles que nos dissesse qual era o seu disco de Jazz preferido e depois desafiamo-lo a desenhar a “sua” capa para esse disco.

Escolhas feitas, compramos os discos, alugamos uma Juke Box, e expusemos os trabalhos originais. O público ia escolhendo um disco para ouvir enquanto via os trabalhos de 11 autores.

O pretexto foi o 8º Festival de Jazz do Porto que decorreu no ano de 1998 e o Salão BD e Ilustração de Lisboa do ano seguinte.

As entidades organizadoras a Culturporto e o Salão Lisboa.

A exposição percorreu ainda outros locais, nomeadamente Festivais de Jazz e foi editada uma colecção de postais (co-edição ASIBDP e Bedeteca de Lisboa).

 

Os nomes e os discos:

António Jorge Gonçalves – Steve Coleman and The Five Elements “The Tao of Mad Phat (Fringe Zones)”

Daniel Lima – Chet Baker

João Fazenda – Herbie Hancock “Maiden Voyage”

José Carlos Fernandes – Carlos Bica “Azul”

Manuel Cruz – Billie Holliday

Mário Moura – John Coltrane “Blue Train”

Paulo Patrício – Johnny Hartman “Unforgtble”

Pedro Brito – John Coltrane “Live at The Village Vanguard”

Pedro Morais – Miles Davies “Tutu”

Rui Duarte – John Zorn “Naked City”

Rui Ricardo – Sad Rockets “Plays”

 

Miolo Lindo apresenta O Herói Nacional

O Heroí Nacional

No mesmo número em que se anunciava o primeiro disco dos portuense Ornatos Violeta iniciava-se a publicação de BD de Manel Cruz na 365.  Era o primeiro número desta revista grátis dirigida por Fernando Alvim. O vocalista dos Ornatos seria presença muito frequente nos primeiros números da publicação, produzindo BD’s muito variadas e quase sempre iconoclastas, mas de imensa qualidade gráfica e inventividade. As Produções Escabeche; O Herói Nacional; As Produções Miolo Lindo; Amor e Um Sofá; Noc, o Rapaz do 30030ª planeta; Miauzinho & Meio Mundo; Bela & Faustino são títulos que provam que o uso duma linguagem criativa não se ficava pelas letras das canções.

Produções Eskabeche

Produções Eskabeche

Assinando como Neco, Manel Cruz iniciou em 1996 uma colaboração com a revista Camaleão, publicada pela Gesto Cooperativa Cultural do Porto. Ao longo de alguns números foi publicando as suas BD’s curtas e compondo o seu universo autoral, que prosseguiria depois na 365 e na Op, antes de se concentrar essencialmente na sua carreira musical com os Ornatos Violeta e outros projectos.