Paulo Duarte dedica-se a evocar uma série de artistas que produzirem capas para Banda Desenhada e, entre eles, o português Carlos Alberto Santos.
Etiqueta: 2018
Cadernos Moura BD #10 – Artur Correia
Em homenagem a Artur Correia (falecido nesse ano) e no âmbito de uma exposição dedicada ao autor, os Cadernos de Moura editam duas histórias Donzela que vai à Guerra e A Nau Catrineta.
Ao Coração das Trevas
Pequeno livro publicado pela Ao Norte, Associação de Produção e Animação Audiovisual de Viana do Castelo numa colecção que evoca “Os Filmes da Minha Vida”. Quem homenageia Apocalipse Now de Francis Ford Coppola é André Coelho.
Este número inaugura uma nova responsabilidade nos textos de apresentação, agora a cargo de João Ramalho Santos.
Matéria Escura – BD e Ilustração de Filipe Abranches
Matéria Escura
A expressão “matéria escura” nasce de um dos modelos vigentes da física para dar conta da matéria no universo, a sua massa, movimento, e expansão. Trata-se, portanto, acima de tudo, de um termo que ocupa a função daquilo que é ainda desconhecido ou das possibilidades efectivas de descrição, explicação e previsão. No fundo, mesmo que seja diferente da desusada teoria do éter, por estar agora ancorada em efeitos observáveis e mensuráveis, a matéria negra está ainda a ocupar um espaço de ignorância que se pretende ir apagando à medida que se fazem novas descobertas. H. P. Lovecraft tem aquela famosa frase de que “Vivemos numa ilha tranquila de ignorância no seio de mares negros de infinitude, e não está escrito que devamos viajar distantemente”, mas a atitude do escritor de weird fiction não era propriamente a da mente de um cientista, cujos passos são planeados e com o cuidado metódico que dita, logo à partida, a fortuna garantida. Garantida, pois um falhanço numa observação ou teoria é, em si mesmo, uma vitória também.
«Matéria escura», enquanto título de uma mostra da produção mais recente de Filipe Abranches, entre páginas de banda desenhada, alguma da qual inédita, e de ilustração editorial, menos ou mais próxima de colaborações textuais ou de companheirismos jornalísticos, dá também conta da própria exploração do artista. Em primeiro lugar, de todos os aspectos representativos, temáticos ou narrativos do que lança no papel, onde se conseguem vislumbrar pequenos fantasmas recorrentes a aliar trabalhos bem distintos (ecos de influências primárias revisitadas, o isolamento da figura, a teatralidade da iluminação noir, a violência indizível e mortífera sob o fino verniz social). Depois, a lavra da própria tinta na superfície, em que a destreza magistral do pincel e daquela particular matéria escura se mascara numa aparente facilidade do desenho. Finalmente, a talvez menos visível mas contínua, em toda a sua obra, criação de séries e uniões estilísticas.
É papel do visitante, então, ser o viajante-cientista deslocando-se cada vez mais longe na noite de Abranches, aproximando-se da matéria que mancha o papel para chegar à matéria que dele se desprende e adensa e agrega o seu universo.
(texto de apresentação da exposição que ficou patente até 30 de Abril de 2018).
Dragomancer – Dragon’s Fire
Terra 2.7
Seven Stories #2
Comics Magazine editado em Glasgow por João Sobral de O Panda Gordo e que incluí o português Bruno Borges