Biografia
Lisboa, 1966
A consciência do tempo levou-me ao cinema de animação na Escola António Arroio, um gosto pela sequencialidade, a rima, ouvir e contar histórias, tendência para me encantar com frisos de iluminuras ou letras capitulares. Depois fiz um curso técnico/profissional de cerâmica: um reencontro com a consequência táctil do gesto e subsequente afinidade com unhas sujas. De escultura no Porto transferi-me para pintura na Faculdade de Belas Artes em Lisboa: a questão da luz e a conversa das cores.
Colaborei em revistas, livros e jornais, publicando ilustrações e narrativas gráficas.
Tenho usado a técnica de linogravura, para mim é um encontro feliz entre escultura e pintura, nela se acresce o reflexo enquanto poesia aplicada. Hoje, em 2024, tenho-me dedicado a recortes e pequenas figuras articuladas atravessadas pela luz. São imagens que me servem na vontade de falar sobre a memória. Tenho-as como “fantasmáticas”. Das exposições de pintura e gravura destaco A colecção particular de “A” em 2006 na galeria Monumental e A Fonte das Palavras em 2013 na Casa das Histórias Paula Rego. Em 2011 recebi o Prémio Nacional de Ilustração, com o livro Os Animais Domésticos, edições Quarto de Jade. Foi muito importante para mim ter dado aulas, pela reciprocidade que um espaço de ensaio permite quando se procura a afinação de cada um consigo próprio, para que se construa um espaço para comunicarmos com os outros.
Cruzamentos
N/A